Perdão para igrejas. Servidores públicos pagando a conta
Por Agente D´Sousa, policial Civil
Com o aval do Presidente Jair Bolsonaro (sem partido), o Congresso derrubou o veto em projeto de lei que obrigava às igrejas a pagarem cerca de 1 bilhão de reais aos cofres públicos.
O Congresso havia garantido o perdão dessa dívida, mas foi vetado pelo Presidente, que sucumbiu ao Congresso e avalizou a derrubada do veto, e assim cerca de 1 bilhão de reais deixarão de ser recolhidos aos cofres do Estado.
O perdão das dívidas e multas referem-se ao não pagamento da Contribuição Social sobre Lucro Líquido (CSLL), que devem ser pagas pelas igrejas, muito embora tenham imunidade tributária.
Assim, sem dinheiro em caixa – essa é a alegação – para garantir a promessa de novo auxilio emergencial, a fatia sobrou, mais uma vez, para os servidores públicos que, provavelmente, ficarão sem reposição da inflação até 2035. Além da comunidade ficar sem a contratação de novos policiais. Vencerá o crime.
Na busca de conscientizar o Presidente da República, milhares de policiais não militares, de todo o país, (PCs, PF, PRFs) realizaram uma carreata em Brasília, na data de ontem (17/3), por volta das 15h, para demonstrar a insatisfação com o modo em que o governo federal vem tratando estes profissionais que, mesmo em momento de pandemia, não deixaram às ruas.
Às estatísticas já mostram que o número de mortes em decorrência da Covid-19 já ultrapassam o número de mortes em combate.
Aliando a isso, sem a inclusão de preferência no grupo de risco para vacinação, os policiais contaminados tem que se afastarem das ruas e o resultado é o crescimento da criminalidade.