O desmonte das polícias que investigam a corrupção
Por Agente D´Sousa, policial civil.
Não é utopia, mas o Presidente da República teve apoio maciço dos profissionais e familiares da segurança pública. Não só foram eleitores, mas também, foram cabos eleitorais.
Embrenharam-se em vielas para pedir votos para o Presidente, pois acreditavam numa reviravolta na valorização dos Órgãos que combatem, dia-a-dia o crime, sobretudo, o organizado, que lesa patrimônio público, ou seja do contribuinte.
Mas, eleito, estes Órgãos vêm sofrendo sucessivas derrotas, que refletirão, diretamente, na segurança do cidadão. O direito de ir e vir, garantido na Constituição estará ameaçado, pois em muito breve não teremos policiais nas ruas fazendo a segurança daqueles que dia a dia deixam suas residências para angariar o pão de cada dia. Estes, sim, merecem segurança pública!
Às constantes reformas impostas pelo atual governo vai impactar em novas adesões às instituições investigativas: polícias civis dos estados, do Distrito Federal, polícia federal e polícia rodoviária federal, não serão mais carreiras a seguir. Por à vida em risco, merece mais respeito!
No início do governo, este chegou até comemorar os índices de redução da criminalidade, reproduzindo em sua página das redes sociais, o trabalho policial. Mas quem faz isso? A resposta está no material humano; a dedicação extra de cada policial, mas que não está sendo reconhecida, agora, pelo Presidente da República.
Não temos nenhuma dúvida de que em curto espaço de tempo, o Distrito Federal estará dominado pelas grandes organizações criminosas, que já começaram a se instalar aqui.
Ainda não abocanharam por completo este mercado, por que a polícia civil do DF com os poucos policiais que ainda atuam a atividade, têm se desdobrado na vigilância. Mas, isso está acabando! Muitos estão indo embora: aposentando-se, ou deixando os cargos para outros empregos, e não há reposição. Daí, vence o crime!
O Distrito Federal alberga a Capital do País; concentra todos os Poderes da República; são instaladas todas às representações diplomáticas das quais o Brasil mantém diálogo; recebe dia-a-dia autoridades de todo o mundo. Precisa ter uma segurança pública de excelência.
O trânsito de autoridades que circulam diariamente no Distrito Federal é motivo suficiente para que o crime organizado (e se chama organizado, porque se organizam como uma instituição que visa lucros) se instalem aqui.
Ao defender direitos que estão sendo severamente surrupiados pelo Poder Executivo Federal, os policiais civis do DF, não buscam uma fatia isolada, mas algo bem maior: a segurança da comunidade.
Sem policiais nas ruas, como quer proibir o Presidente da República, não contratando novos policiais, quem vencerá essa batalha não será outro, senão o crime.
Esse enfraquecimento da polícia investigativa faz com que os autores dos crimes não sejam nem identificados nem presos, assim seguem na criminalidade.